Após as eleições do mês passado, o novo governo português, às voltas com problemas financeiros que poderão ser reduzidos somente com a imposição ao país das medidas de austeridade exigidas pelo Banco Europeu e pelo FMI, continua considerando o privatização da empresa aérea Tap como uma das prioridades.
Mas a entrega da companhia a investidores privados, mantendo supostamente 49% nas mãos dos acionistas portugueses, exige antes a conclusão de uma analise profunda da sua situação financeira. E´ isso que estão fazendo o Citigroup e a Caixa Geral de Depósitos desde o mês de maio,prevendo a sua conclusão até o final deste mês.Basicamente os cálculos deverão evidenciar, além da situação de caixa, os compromissos assumidos pela Tap com fornecedores e empresas de leasing, para desenvolver seu programa de crescimento nas rotas do Brasil e da Europa.O balanço, no calculo custo/benefício, ao demonstrar a rentabilidade da aérea criará as condições ideais para atrair novos investidores, entre os quais se destacam algumas companhias internacionais.
Preliminarmente ficou claro que a privatização não trará algum lucro ao estado português , como já estava previsto , mas em compensação o valor da Tap cobrirá todos os compromissos assumidos, permitindo uma negociação bastante atrativa para os novos acionistas.
Como sempre acontece quando há mudanças radicais, quais a privatização, há atualmente um certo fermento de parte das forças trabalhistas, que sob a orientação dos sindicatos querem que os principais direitos por elas adquiridos sejam mantidos também quando o controle da empresa passar nas mãos de privados, inclusive não portugueses.Em particular, diante da possibilidade aventada de transferir o centro de operações para outra cidade, o governo quis tranquilizar os trabalhadores de Lisboa estabelecendo como "conditio sine qua non" para a operação de venda o compromisso de manter na capital o chamado "hub" da aérea.
Entretanto a "velha" Tap continua sua expansão pela Europa , após ter concluído com sucesso o inauguração da nova rota para o Brasil, que liga atualmente Porto Alegre a Lisboa num voo direto de 10h e 20 minutos.Pela primeira vez, demonstrando a grande procura , até ocorreram na capital do Rio Grande do Sul cinco casos de over-booking, que foram resolvidos pela Tap de acordo com as normas vigentes no país e atendendo as exigências dos passageiros .
Analistas estão prevendo que a demanda exigirá mais freqüências semanais, ainda mais em vista do número elevado de voos diretos para a América do Sul operados pela Gol em Porto Alegre: eles são de ida e volta para Buenos Aires,Córdoba, Rosário e Montevidéu, e a partir de terça-feira dia 7 se acrescentará a eles a rota para Santiago,a ser operada em 3h13, com chegada diária na capital gaucha às 6h30 da manhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário