quinta-feira, 7 de julho de 2011

AONDE VÃO AS RECEITAS DAS AÉREAS ?

Aviões cheios, tarifas em aumento,amendoim como snack, comida a pagamento, salários de tripulantes desligados da inflação, pessoal insuficiente para operar todos os voos programados, balanços trimestrais bastantes positivos, deficit no anual.Pela precisão - se a Anac está bem informada - nada menos que R$ 640 milhões perdidos pela industria de transportes aéreos do país.Fecharam 2010 com lucro além  da Gol ( R$ 376 milhões ; da Azul ( R$ 57,5 milhões) a Rio,a Total,a Team e mais quatro pequenas,por um total de R$ 3,63 milhões.
A lista das que mais teriam perdido, sempre segundo a Anac, é encabeçada pela Tam ,com um prejuízo de R$ 841 milhões, seguida pela Avianca (- 65 milhões),VarigLog (- 47 milhões) a Webjet (-38 milhões) a Trip (-15 milhões) e a cargueira ABSA (- 19 milhões).Vem depois o elenco de mais 10 menores , com perdas que vão dos R$ 11 milhões da Puma aos R$ 5,4 da Pantanal, se encerrando com a Passaredo (-R$ 2,4 milhões).
Os prejuízos, num ano como 2010 no qual o tráfego doméstico cresceu de quase 25% na comparação com 2009, são difíceis de serem entendidos, também considerando que a tarifa média do período teve uma queda de 18% sobre aquela do ano anterior.Parece obvio que as perdas vieram não dos voos regulares, operados  de acordo com os horários, mas daqueles acrescentados em horários e rotas não rentáveis para enfrentar a concorrência das empresas menores : esses tiveram baixo aproveitamento ou sofreram onerosos atrasos e/ou cancelamentos.O aumento do preço do querosene de aviação, segundo analistas, teve peso modesto na rentabilidade operacional, tanto que as empresas  não recorreram ao aumento de tarifas para compensa-lo.
Mas no Anuário do Transporte Aéreo de 2010, divulgado na semana passada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e baseado nas informações que a Agência recebeu de 24 empresas, haveria conclusões rejeitadas pela Tam e pela Webjet: a Tam afirma que faltou calcular as receitas proporcionadas por suas parcerias em programas de milhagem e com o fretamentos a agências de viagens, que somaram cerca de R$ 1,5 bilhão; quanto à WebJet nega ter perdido R$ 38 milhões, pois pela primeira vez após cinco anos de atividades  teria registado um lucro de R$ 41 milhões. A Anac não teria considerado as receitas obtidas pela aérea com a remarcação de bilhetes e com a venda de lanches a bordo, por não serem diretamente operacionais.
A explicação mais aceitável pelas distorções assinaladas , seria que, por se tratar de informações das empresas, foram causadas pelos diferentes critérios por elas adotados , ao incluir ou omitir dados de origens diversas daqueles específicos da atividade aérea.

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário