domingo, 3 de julho de 2011

I.T.O. INCOMPETÊNCIA TURÍSTICA OFICIAL

E´ verdade: como nos escrevem vários leitores, estamos de olho no turismo nacional , à procura de quaisquer motivos para criticar a atuação do Ministério e de seus representantes.Há uma explicação: o Ministério do Turismo do Brasil representa uma das maiores e mais interessantes áreas do mundo para quem gosta de descobrir  novas atrações naturais e culturais.Um patrimônio turístico que lamentavelmente é desperdiçado, como demonstram as estatísticas do número de visitantes: desde 2001 : são cerca de 5 milhões ao ano, índices esses que envergonhariam muitos países da América Central, para não falar da Ásia e do Pacífico.
Culpa de quem ? Não há dúvidas na resposta : culpa dos incompetentes que, quem mais e quem menos, tem passado pelo Ministério e pela Embratur, onde sob forma diversa tem dado vazão à sua ignorância em matéria, nada fazendo para - no prazo de permanência em Brasília - melhorar a própria cultura turística.E nada tem feito para reunir em volta da presidência um número suficiente de elementos de valor, jovens empolgados pelo turismo, gente que não foi extraviada pelos numerosos cursos que universidades grandes e pequenas andam oferecendo.Como o "técnico" que até 2001 andava maquiando as estatísticas oficias,acrescentando todos os anos porcentuais que aumentavam arbitrariamente o numero de visitantes estrangeiros .
O novo governo repetiu os erros políticos dos predecessores ,ao nomear presidente um respeitável idoso de 80 anos de idade,Pedro Novais Lima, que nunca na vida se interessou por turismo.Ele demorou até para assinar o seu primeiro ato oficial, enfatiza o brilhante Ruy Castro num artigo publicado pela Folha de São Paulo,precisando ainda que "os dois convênios (no valor de R$ 22,6 milhões) foram assinado com o governo do Maranhão,seu Estado, governado por Roseana Sarney,cuja família foi responsável por sua nomeação pela presidente Dilma".
Castro admite que não seria a idade que impediria a Novais Lima de controlar "uma área tão moderna como o turismo".Mas ele "nunca foi do ramo" ,acrescenta, e "sua única relação com o turismo se deu há pouco,quando,ao assumir o cargo,pediu reembolso ao Tesouro de R$ 2.000 gastos num motel".
Mais à frente Ruy Castro pergunta : "Seria interessante saber o que o ministro Novais está fazendo pela modernização da indústria hoteleira,pelo incremento do turismo gay - a grande novidade do setor - ou pela divulgação do Brasil no exterior.Ou de seus planos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016", lembrando depois que Espanha e Grécia, atualmente com problemas para fechar suas contas, têm no turismo uma de suas principais receitas.O turismo dos dois países, conclui, "já pode ter atingido o seu limite de excelência.No Brasil.não.O potencial é enorme e - com ministros como este - literalmente resta tudo por fazer".
Mas parece que o país pouco se importa.Pois, se assim não fosse, não teria escolhido, nomeado e já empossado também o presidente da Embratur : seu nome é Flávio Dino, foi ex-deputado e havia sido indicado para assumir um cargo de destaque no Ministério da Justiça.Não foi nomeado lá por interferência do atual Ministro do Turismo, que quis agradar à família Sarney, dona do Maranhão,da qual ele,ministro,havia sido indicado.Pouco importa,também,se Flávio Dino entende de turismo na Embratur um pouco mais que seu chefe no Ministério. O que vale é que foi indicado pelo Estado do Maranhão ,que agora é quem manda em turismo.

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