sábado, 23 de julho de 2011

BOEING E AIRBUS COMPETEM AGORA NA VERSÃO 'NEO"

Com atraso, a Boeing decidiu entrar também na produção dos "neo", versões dos 737 e dos A320 com um novo reator e corredor único,que foram procurados por grande número de companhias aéreas durante a feira de Le Bourget. O motivo principal da escolha da indústria estaria no fato que os "neo" terão um consumo 15% menor de combustível, um fato que com as previsões de crescimento do preço do combustível representa um fator dos mais importantes para garantir a rentabilidade operacional.
A empresa de Seattle demorou para oficializar que,assim como a Airbus,remodelaria os 737 (enquanto a rival fará o mesmo com os A320),desistindo da possibilidade de desenvolver uma nova aeronave, pois além de encarecer a produção isso atrasaria a disponibilidade desse avião,deixando a Airbus com os mercados praticamente em suas mãos.De fato o A320neo deverá estar pronto em 2015, enquanto a Boeing agora poderá oferecer a versão neo do 737 em volta de 2018 e precisaria mais dois anos para lançar uma aeronave "brand new".
A resposta positiva dos mercados surpreendeu as duas construtoras, das quais só a Airbus já estava com seu projeto pronto e por isso vendeu em Paris um elevado número dessas aeronaves.A Boeing , ainda na dúvida, se convenceu que não podia perder a competição,quando veio há dias uma encomenda avaliada em US$ 40 bilhões de parte da American Airlines, que incluía 260 Airbus,dos quais 130 modelos "neo", e 200 aeronaves da Boeing com 100 unidades 737neo.Caso a fábrica de Seattle não produzisse o novo modelo,metade de seu pedido passaria à Airbus.
O atraso da Boeing no segmento dos "neo" se acrescenta aos problemas que ela teve com o Dreamliner, um avião de técnica avançada,que somente agora,com quase três anos de atraso terá seu primeiro exemplar entregue à Ana japonesa.Em vista do acontecido, a American quis forçar uma tomada de posição da Boeing  efetuando pela primeira vez em sua história a encomenda de aeronaves europeias e ameaçando repassar para a Airbus outros 365 "orders", se a fabrica americana continuar na indecisão.  

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