sábado, 2 de julho de 2011

AÉREAS OTIMISTAS ESBANJAM NA FEIRA DE LE BOURGET

A semana passada se encerrou com um farto balanço de encomendas de novas aeronaves de parte das empresas do mundo inteiro.Nunca no passado as construtoras haviam recebido um número tão grande de orders e tantos bilhões de sinal.A indústria vive em clima de otimismo quanto ao futuro, apesar da instabilidade do preço do petróleo, com tendência para subir, depois que parte das reservas terão acabado e se continuar faltando a participação dos barris da Lìbia e o Oriente Médio mantiver as tensões que pretendem afastar a maioria dos atuais governantes.
Na competição para colocar seus produtos, as construtoras menores tem conseguido vendas razoáveis atendendo aos pedidos de empresas menores ou que estão incluindo em seus planos de rotas serviços entre cidades próximas ou com potencial de embarques limitado.Entre as brasileiras a Azul tem confirmado a compra de 10 ATR, que deverão integrar a sua crescente frota de E190 e E195 da Embraer.Outras empresas que operam no Brasil, como a Avianca e a Lan Chile tem escolhido respectivamente  33 A320 e 20 A320 do"Neo" da Airbus , confirmando o sucesso que está se delineando nas vendas desses novos modelos, aguardados a partir de 2015, cujas principais novas características são menos consumo de combustível e uma sensível redução da poluição em voo.
A Airbus teve um sucesso clamoroso, pelo número de pedidos de aeronaves já tradicionais e, em particular
pelo enorme interesse demonstrado pela indústria para os modelos A320 e A 330 neo,surpreendendo o mercado e, em particular a Boeing, que ainda está indecisa sobre a produção dos derivativos B737Neo, e não estava preparada para competir com a congênere nesse segmento.O modelo mais vendido pela empresa de Seattle foi o 777, juntamente com os tradicionais B737, nas versões mais recentes.
O sucesso dos "Neo" foi confirmado também pelas empresas de leasing, das quais duas, a Air Leasing Corporation e a Gecas encomendaram respectivamente 50 e 60 dessas novas aeronaves, contra 27 e 10 modelos da Boeing.
A surpresa pelo sucesso da Airbus veio depois de uma intensa campanha  para desqualificar o seu A330, lhe atribuindo responsabilidades que, pelo que se sabe - no caso do voo 447 que caiu no Atlântico - se existem estariam a cargo exclusivamente da companhia Air France, por se ter omitido na atualização da manutenção da aeronave acidentada, atrasando providências que haviam sido sugeridas pela construtora. Essas falhas foram desastrosa na emergência criada pela tempestade que destabilizou a aeronave,tendo encontrado também supostas omissões de parte de alguns tripulantes.  
A empresa, uma das maiores e de maior prestígio no mundo,se encontra há meses numa conjuntura difícil,
pois além de perder dinheiro tem tido a sua imagem arranhada por problemas menores, mas de impacto junto dos usuários.O último deles envolveu um seu passageiros, que apelou junto do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por ter encontrado uma larva viva na comida que lhe foi servida no voo procedente de Paris.Na ocorrência houve até a intervenção do comandante para acalmar o passageiro Amin Milad Waked, sugerindo aos comissários que lhe fosse concesso imediato "up grade" na executiva, fato esse  não teria acontecido e veio a irritar ainda mais o viajante.O Tribunal impôs á AF uma indenização de R$ 10.000, que o juiz considerou "compensatória e punitiva".A empresa havia recorrido, mas não foi atendida, apesar de ter alegado que não houve danos e de ter concedido o up-grade ao passageiro.Agora terá mais um recurso, apelando ao Superior Tribunal de Justiça.

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