sábado, 3 de setembro de 2011

PORTUGAL PODERÁ SER EXEMPLO PARA A UNIÃO EUROPEIA

O primeiro ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, em declarações feitas na Espanha, deixou entender que o seu país tomou muito a serio os riscos que corre, se não aproveita a oportunidade de quase eliminar em quatro anos o deficit público atual de  9,1% (em relação ao Produto Interno Bruto) ,cumprindo o acordo de resgate com a União Europeia, que lhe proporcionará através do Banco Europeu e do Fundo Monetário Internacional uma ajuda de 78 bilhões de euros.Ainda há forte resistência de parte da oposição, preocupada com o suposto enfraquecimento da economia portuguesa , que cairá em recessão profunda com aplicação das medidas de austeridade, necessárias para reduzir até 2015  o deficit público a valores em volta de apenas 0,5% do PIB.Também o ministro das Finanças,Vitor Gaspar, garantiu que serão tomadas as medidas necessárias para a redução da dívida pública a valores equivalentes a 43,5% do Pib, contra o 95% atual.O ajuste fiscal será realizado por dois terços com os cortes de gastos, devendo o restante ser consequência do aumento da arrecadação.Em 2010 o Pib de Portugal chegou a 178 bilhões, valor que segundo previsões do Fundo Monetário Internacional se contrairá em 2011 de mais 1,5%. A taxa de desemprego estava em julho em 12,3%.
As medidas de maior peso se resumem em prolongar até 2012/2013 o congelamento dos salários do setor público,reduzir progressivamente o número de funcionários públicos e os pagamentos previdenciários, além de aplicar um "imposto de solidariedade" de 2,5% sobre as rendas familiares acima de 153.300 euros.Esta última providência foi rejeitada em outros países também em crise, ultimo dos quais a Itália, cujo premier Berlusconi não conseguiu o apoio de seu partido e um dia após o anúncio mandou retirá-la das medidas de austeridade anunciadas pelo ministro das Finanças.
Se cumprir as metas impostas pela União Europeia e pelo FMI , Portugal terá realizado os maiores cortes nos gastos do governo em mais de 50 anos,baixando o deficit do orçamento de 9,1% para 0,5% ,se tornando um exemplo para os outros países da UE também em crise,que estão encontrando sérias dificuldades para convencer a oposição e a opinião pública de que somente assim o país voltará a ter credibilidade junto de seus credores.  

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