quinta-feira, 29 de setembro de 2011

DEFENDENDO "A DUAS MÃOS" O MINISTÉRIO DO TURISMO

Num artigo publicado na Folha de S.Paulo de terça-feira, cujo título resume o conteúdo, pode ser lido que "desde o surgimento da pasta de turismo, em 2003, a melhor articulação da política pública setorial e a intensificação da promoção internacional levaram a um aumento de 25% na entrada de turistas estrangeiros no país e de 139% no ingresso de divisas daí advindas".Os leitores desta nota e do inteiro texto assinado a duas mãos pelo presidente da Embratur,Flávio Dino, e pelo presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmera,Jonas Donizette estão convidados a lerem no site a Anac o balanço do fluxo turístico para o Brasil em 2003,para compara-lo com o de 2010.Não precisam ser matemáticos para verificar que o aumento do número de visitantes estrangeiros não alcança 10% em todos esses anos e que seus gastos são incomparáveis aos mais de US$ 10 bilhões que, somente em 2010, os brasileiros deixaram no exterior.
Qual seria o motivo real do recurso à publicação de dados e de considerações inverídicas, a não ser a frase que diz :"muito resta a fazer para dar ao turismo o papel estratégico que merece em um país com tão evidente potencial ..." ? O mais elementar : recurso de sobrevivência, para manter cargos e salários de causar inveja aos verdadeiros executivo de turismo.De fato, após os escândalos chefiados pelo último ministro do Turismo, tardiamente aposentado, a imagem do setor decaiu tanto que foi proposta por articulista de vários jornais a extinção desse órgão ,que em várias épocas gastou os milhões de seus orçamentos para alimentar Ongs e entidades tão amigas quanto vorazes.Tudo porque "A corrupção é um fenômeno de lamentável longevidade na história nacional" ,como pode ser lido no artigo em exame - como se fosse uma justificação -  e porque "precisamos ter uma aplicação mais eficiente e transparente dos recursos públicos destinados ao turismo".  
Pena que falte um garante e que as indicações partidárias afastem das chefias do Ministério e da Embratur executivos dedicados e competentes, que não faltam no país.

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