Há dezenas de milhares de pessoas que desde 2010 se acrescentaram aos usuários das viagens aéreas.Dizem que pertenciam às classes sociais menos previlegiadas e que as melhorias salariais e as "bolsas" que receberam do governo contribuíram para elevar seus "modus vivendi".De fato as empresas aéreas nacionais tiveram expressivos aumentos do fluxo de passageiros, que no ano passado chegou a cerca de 25% na comparação com o ano anterior.Para conquistar seus shares até fizeram descontos médios que entre janeiro e abril totalizaram até 20%, enquanto o índice de preços subia no mesmo período para 2,6%. Entretanto, neste 2011 os aumentos tarifários chegaram a cerca de 10% já no primeiro quadrimestre, juntamente com a multiplicação do número de parcela mensais referentes ao valor das passagens, que em certos casos reduziram o valor dos pagamentos a poucos reais.Já foram oferecidas pela Tam passagens a R$ 24 para viagens nos fins de semana para todos os seus destinos no país, com validade até 21 de junho, enquanto na Webjet era possível adquirir passagens para todas as suas rotas a partir de 10 parcelas de R$ 3,90. E há outras propostas da Gol, também extremamente baixas, que levantam dúvidas sobre a rentabilidade desses voos, apesar de, às vezes, o número de assentos vendidos com essas tarifas ser limitado.
E´evidente que as empresas domésticas procuram elevar a sua participação de mercado , assim como estão tentando justificar com o aumento da demanda o crescimento de suas ofertas de assentos, consideradas excessiva. Há evidência de diminuição constante dos yields por assento/km, apesar dos recentes aumentos tarifários, que na realidade compensaram apena cerca de 50% das reduções concedidas em 2010.
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