Portugal fechou acordo com o Fundo Monetário Internacional e com a União Européia: aceitou um pacote de socorro financeiro de 78 bilhões de euros, em troca da garantia de que, entre outras duras medidas de austeridade, congelará salários e aposentadorias por um prazo de três anos.O anúncio foi dado pelo primeiro-ministro interino de Portugal, José Sócrates, que já em clima de próximas eleições gerais ( marcadas para 5 de junho) fez questão de evidenciar que o acordo "não foi tão duro quanto os pacotes de socorro já concedidos à Grécia e à Irlanda".
Na realidade , para cortar seu deficit orçamentário de 9,1% em 2010 para 3% do PIB em 2013 o país deverá enfrentar uma dura recessão. Mas segundo os técnicos internacionais que elaboraram o programa, somente circulando menos dinheiro, inclusive pela imposição de um imposto sobre as aposentadorias acima de 1,5 mil euros por mês e outras taxas sobre os demais benefícios sociais, poderá ser resolvido o eterno problema do país, representado pelo fraco crescimento e pela sua baixa produtividade.
O acordo foi o resultado de quase um mês de negociações do governo com o Banco Central Europeu e com o Fundo Monetário Internacional, realizada em regime de urgência diante de iminentes vencimentos financeiros por cerca de 9 bilhões de euro.Está previsto que a oposição aprovará o acordo antes da eleições,
após as declarações do líder de seu principal partido que definiu o socorro financeiro como um passo" vital, ainda que depressivo" para o país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário