sábado, 14 de maio de 2011

COLUNISTA VERSUS AERONAUTAS E VICE-VERSA

Num artigo publicado por Eduardo Tessler no portal Terra Magazine, tão bem escrito quanto impróprio em algumas suas informações, o colunista provocou forte reação de parte dos aeronautas, que através de seu Sindicato reagiram  com uma resposta escrita oportuna, cujo conteúdo motivou as desculpas do autor do texto incriminado.Tessler chamou os aeronautas, ou seja a categoria da aviação civil que trabalha a bordo das aeronaves, de "caroneiros dos ares", citando fatos supostamente por eles presenciados, ou seja a "invasão" dos assentos não ocupados pelos passageiros de parte de tripulantes de voos e os inconvenientes que decorrem desse "abuso".
O Sindicato Nacional dos Aeronautas não gostou desses comentários, ofensivos porque inverídicos, para a categoria que representa.E respondeu com firmeza, esclarecendo que o que ocorre não é nem abuso nem privilégio, mas "uma situação prevista e garantida em lei".De fato o item 65 da Convenção Coletiva de Trabalho e a regulamentação profissional do aeronauta garantem à categoria "o direito a assento na cabine de passageiros para viajar,desde que haja disponibilidade de lugar".Quem viajou a serviço da empresa, na cabine de comando ou no atendimento aos passageiros tem esse direto, na hora da volta para casa ,depois de ter passado a bordo jornadas de trabalho frequentemente exaustivas.
O SNA exigiu do colunista "uma retratação aos aeronautas" devido ao conteúdo ofensivo à categoria ,que "publicita uma ideia que precisa ser corrigida" ,para evitar que quem as leu considere tais afirmações como corretas.E Tessler não demorou em responder, admitindo que não imaginava que o artigo "pudesse provocar uma revolta coletiva entre os aeronautas" categoria pela qual ele sinte "enorme admiração".De fato,afirma que objetivo real do texto era "chamar a atenção para a situação dos passageiros,cada vez mais esquecidos".Mas  essa sua intenção não ficou clara, tanto que ele admite "que algo não saiu como devia".Todavia achou que algumas expressões contra ele, de parte de aeronautas que se sentiram ofendidos "ultrapassaram o limite do bom senso". Assim mesmo escreveu :"Peço desculpas, em letras maiúsculas , para todo e qualquer aeronautas que sentiu-se ofendido pelo meu artigo", para depois lembrar um episódio pessoal. Contou que alegando "overbooking" ele já foi deixado em terra por uma empresa, quando a bordo havia assentos livres,que foram depois ocupados por 18 tripulantes. E ele precisou esperar 4 horas pelo próximo voo.No encerramento de seus comentário agradeceu "aos pilotos e comissários bem educados,que enviaram mensagens para me auxiliar a entender o caso".  

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