domingo, 19 de fevereiro de 2012

SOBRE A URGÊNCIA DE ESTATÍSTICAS CONFIÁVEIS

Parece que os executivos do Ministério do Turismo olham e analisam as estatísticas do tráfego internacional para o Brasil apreciando mais a sua aparência que a verdadeira substância.De fato, há pelo menos uma década que todos sabem,inclusive na Embratur, que os número atribuídos ao fluxo turístico,até 2002,eram fictícios,frutos de acréscimos abusivos calculado a cada fim de ano por algum funcionário de confiança.No governo Lula esses artifícios foram abolidos e, por esse motivo, as estatísticas passaram a refletir a realidade,demonstrando que em todos estes anos os dados ficaram praticamente invariados em volta dos 5,5 milhões de turistas estrangeiros que haviam sido "alcançados" em 2001.
Não é este o caso de repetir as falhas promocionais, os gastos publicitários inúteis, as despesas de representação e de viagem, os pagamentos indevidos, os abusos comprovados, característicos das mais recentes administrações governamentais dedicadas ao turismo.
Mas é inconcebível que, ao longo de uma década,ninguém do alto escalão tenha sido informado por um de seus auxiliares de que ,ao citar os dados dos desembarques internacionais no Brasil divulgado pela Infraero, estaria incorporando nos números totais também os brasileiros que retornam ao país.
Eis porque o novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, provavelmente ignorando grande parte do universo cuja administração lhe foi delegada,segundo comunicado divulgado pelo "Mercado&Eventos"
ao receber a informação que em janeiro os desembarques internacionais chegaram a 950 mil, superando o recorde anterior do mesmo mês de 2011 (878 mil pessoas),comemorou de uma vez "os recordes históricos",pois no mês passado também ocorreram cerca de 7,5 milhões de desembarques domésticos.Seu comentário "Esses primeiros resultados do ano demonstram a força do turismo brasileiro,uma atividade que tem demonstrado capacidade de crescimento mesmo em um período de crise na economia mundial"faz de corolário aos dados do tráfego doméstico,mas é absolutamente impróprio em relação às estatísticas internacionais.É um erro que aumenta de ano para ano, com o crescimento do fluxo de brasileiros que vão para o exterior,desembarcando na viagem de volta em nossos aeroportos internacionais juntos com os estrangeiros.

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