Se o valor elevado do investimento alcançado no leilão de Cumbica (R$ 16,213 bilhões) foi uma surpresa, aquele muito baixo(R$ 3,821 bilhões) dedicado à concessão de Viracopos foi também inesperado.Mas haveria uma explicação: sabe-se que as construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Correa encomendaram estudos para comprovar a viabilidade de um novo aeroporto,localizado em Caieiras,também no Estado de São Paulo. O estudo,realizado pela Jeppesen, do grupo Boeing,teria demonstrado que o Nasp (Novo Aeroporto de São Paulo) não interferiria no espaço aéreo dos outros aeroportos do Estado,anulando essa restrição que havia sido levantada pela Decea,departamento ao qual cabe o controle do espaço aéreo.A informação,algo confidencial, sobre a viabilidade do novo aeroporto,teria afastado as operadoras estrangeiras da participação nos leilões dos aeroportos de Guarulhos e Campinas,onde elas ficaram com apenas 10%, enquanto em Brasília a Corporácion América da Argentina ofereceu 50%,para complementar outra metade dos R$ 4,5 bilhões oferecidos pela brasileira Engevix.
O temor que afastou os estrangeiros dos leilões de Guarulhos e Viracopos foi de que um novo aeroporto atrairia os viajantes muito mais que os reformados, em particular Viracopos, que deixaria de ser a terceira alternativa para os passageiros da região metropolitana de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário