sábado, 4 de junho de 2011

AS MARMELADAS DA FIFA

Blatter,como previsto, foi reeleito presidente da FiFA por mais quatro anos.E as "marmeladas" denunciadas por membros da entidade ficaram impunes.Aliás, é uma tradição que dura há décadas .Parece que tudo roda em volta da escolha das cidades nas quais se realiza, a cada quatro ano, a Copa do Mundo de Futebol.Haveria cidades que pagam para ter dos membros os votos necessários para serem escolhidas.
Foi por ocasião da votação que indicou o Brasil como organizador da Copa de 2014 e, posteriormente, a escolha de países sem tradição futebolística,que surgiram as primeiras sérias dúvidas sobre a transparência dessas indicações.Foram afastados dois altos dirigentes da entidade, mas até em relação à escolha do Brasil apareceram dúvidas não comprovadas.
Sobre o assunto, Clôvis Rossi escreveu um artigo na Folha de S.Paulo da semana passada sob o título "O Brasil comprou a Copa ?", relacionando essa possibilidade com o "reinado do brasileiro João Havelange".Ele reporta um breve histórico escrito pelo decano do colunismo esportivo,Rob Hughes, no qual Havelange é citado como o dirigente que "ganhou poder basicamente por meio do sistema um- país-um voto".Isso lhe permitiu "persuadir pequenas federações nacionais na África e,depois, no Caribe e na Ásia,a votar por ele.Em troca, deu a elas dinheiro da Fifa para erguer suas próprias estruturas.Pagou por isso vendendo a joia da coroa do futebol, a Copa do Mundo", escreveu Hughes ,de acordo com o texto citado no artigo de Clôvis, que conclui com esta frase :"Só resta acrescentar que quem trouxe a Copa-2014 para o Brasil chama-se Ricardo Teixeira, que,além de presidente da Confederação Brasileira de Futebol, é genro de Havelange,o construtor do "triângulo de ouro" representado pela Copa,a exposição na TV e o patrocínio das corporações,que se autoperpetua".
Entretanto, outra forma de corrupção no futebol acaba de explodir na Itália, onde em 2010 e 2011 resultados de jogos da Série B (e com dúvidas sobre outros da Séria A) teriam sido "comprados" por interessados em salvar o seu clube do retrocesso ou para ganhar apostas milionárias.
O esporte bilionário, onde jogadores com habilidades para chutar bem a bola ganham num mês somas que a maioria dos mortais não recebe nem num ano,nem ao longo de sua vida, está demonstrando de ter ficado nas mãos dos corruptos.Em Roma,aqui ou em Genebra lucros fabulosos enriquecem não somente os chamados "atletas", mas também e mais descaradamente dirigentes desonestos,cujo esporte preferido é o roubo.

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