sábado, 21 de janeiro de 2012

SOBRE O COMANDANTE QUE " AFUNDOU" 450 MILHÕES DE EUROS

A história do fim de um dos mais luxuosos navios do mundo, o Costa Concordia,já foi comentada pela imprensa do globo, por ser até original e ridícula, não fossem a terrível experiência de seus passageiros e o criminoso desaparecimento de mais de 30 deles.
Original, porque nunca se viu um transatlântico de 114.500 toneladas afundar tão perto da terra firme, nem um comandante se afastar de um navio próximo a afundar antes de pôr em salvo todos os passageiros, nem uma carência tão grande de autoridade para coordenar a salvação dos viajantes.
Ridícula pela série de erros que levaram uma nave tecnicamente dotada de todos os melhores instrumentos de segurança e de comando disponíveis no mundo a naufragar ,(após ter colidido em rochas que lhe abriram uma brecha de 70 metros de comprimento ), por ter desviado da rota original para dar o prazer ao seu comandante de lançar alguns apitos festivos do ponto mais próximos possível à amada Ilha do Giglio.
Não é pelos 450 milhões de euros perdidos,mas pelo terrível susto que deu aos mais de 4 mil sobreviventes, pelo luto que semeou entre as famílias que perderam algum ente querido, pela sua falta de controle emocional,de coragem e pelo dano que a sua atitude causou à imagem tradicional dos navegadores italianos - exaltada em prosa e versos - que o ex-comandante do "Costa Concordia", deveria ser condenado.Talvez seria uma pena justa impor-lhe um dia de prisão por cada passageiro do navio que por sua causa pereceu, ou viveu horas de terror, teve seus sonhos interrompidos,suas férias canceladas.Seriam mais de 10 anos de carcere,para ele expiar parcialmente pelos lutos,as dores,o terror causados a inocentes.

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