Após três anos de aumentos próximos de 20%, o tráfego aéreo brasileiro - que novamente encerrou 2011 com um crescimento tão elevado - está prevendo para 2012 um índice menor, que deveria estar próximo de 15%. Apesar do mercado aéreo doméstico continuar apresentando uma demanda bastante expressiva no último trimestre do ano passado, o novo ano se abriu sob o signo de uma crise mundial que em todas as regiões está se refletindo no tráfego aéreo. Pelas implicações relacionadas com o export-import, a redução do movimento econômico deverá influenciar a demanda de parte dos executivos, com reflexos negativos também nos embarques internacionais.Se não existisse uma forte demanda dos usuários brasileiros, em particular para destinos nos Estados Unidos,também o fluxo de embarques para o exterior poderia ser afetado pela conjuntura,com índices bem menores dos estimados. A contração se apresenta mais expressiva nos embarques de cargas, que aliás desde o ano passado tem dado sinais de acentuada redução em todas as regiões do mundo.
Havendo ainda bastante incógnitas ,desde o passado semestre Gol e Tam tem suspenso o recebimento de novas entregas de aeronaves,mas supostamente receberão neste ano suas encomendas principais : a Tam 4 Boeing 777-300ER;a Gol 4 Boeing 737-800 SPF.Enquanto isso ,estão sendo aguardados seus balanços de 2011,que haviam encerrado o terceiro trimestre com prejuízos líquidos que totalizaram R$ 1,2 bilhão.Com tudo ,enquanto a Gol deveria brevemente estar concluindo a fusão com a Webjet,a Tam que foi a primeira a tentar absorver uma empresa menor, a Trip, para alcançar destinos foras de suas rotas,após tomar conhecimento dos balanços dessa empresa teria desistido de ficar com 31% dela.Mas a Tam, que aguardava a conclusão das aprovações à fusão com a Lan dos governos do Chile o do Brasil,tendo agora também recebido de seus acionistas o voto favorável à troca de ações com a congênere,deverá se concentrar neste ano na realização desse grande projeto.
Em relação à previsão de dificuldades deste ano para toda a industria, já foi evidenciado pela Associação Internacional do Transporte Aéreo,IATA, o seu pessimismo, ao reduzir mais uma vez no mês passado de outro US$ 1,5 bilhão a estimativa de lucros de suas associadas ,atualmente totalizando US$ 3,5 bilhões,dos quais cerca de US$ 200 milhões, após dois cortes anteriores, atribuídos à inteira América Latina.
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