domingo, 15 de janeiro de 2012

MAUS SERVIÇOS AÉREOS

As empresas aéreas nacionais raramente oferecem a seus usuários serviços à altura do prestígio que a indústria havia conquistado aos tempos da Panair ou da Varig.O atendimento aos passageiros é apenas de rotina,sem mais empatia de parte da maioria dos funcionários: o importante é vincular os viajantes com Planos de Milhagem que com frequência demoram para beneficiar os interessados e, principalmente, o mais importante é vender passagens,se for o caso até acima da capacidade da aeronave.Tanto não há punições, multas, como em outros países.E quando há atrasos ou cancelamentos a culpa é sempre transferida para fatores externos, fora do controle das empresas.
Para não falar das situações de emergência.Por exemplo, como aconteceu na terça feira passada no Galeão, com o voo da Tam que deveria decolar às 23h05, mas foi cancelado pela empresa sem aviso prévio.Houve tumulto no saguão,procura de informações.Qual era o atraso previsto, qual a hora de partida? Assim passaram algumas horas e com elas veio a madrugada : nada de comida,nada de hotel,nada de facilidades de comunicações,como rezam as chamadas normas da Anac.Mais de 30 passageiros reagiram e exigiram esclarecimento, sendo afinal informados de que o atraso era devido ao fato que o fornecedor não havia providenciado a entrega das refeições de viagem e que, por isso, a partida para Nova York teria exatas 12 horas de atrasos, tendo sido reprogramada para às 11h da manhã seguinte.Houve passageiros que registraram o ocorrido no Juizado Especial do aeroporto,outros que decidiram mover uma ação judicial contra a Tam.Dos que moravam no Rio uma parte havia pago o táxi para voltar para casa,enquanto os vindos para o embarque no Rio de outras cidades ,não tiveram a menor assistência, ficaram sem receber comida e ticket para hotel, e tiveram que "descansar" deitados nos bancos do saguão do aeroporto.
No dia seguinte vieram as desculpas oficiais da Tam,junto com a informação que a decolagem foi realizada às 12h30 daquela quarta-feira.E empresa "explicou" que teve problemas com um fornecedor,não tendo recebido de "empresa terceirizada o abastecimento de bordo" e que não encontrou vagas em hotéis.Parece também que mais uma vez não havia serviços funcionando no aeroporto para fornecer alimentação na hora.Consta que ,também por dificuldade de abastecimento, a Tam atrasou seus voos para Miami,Paris e Londres.
Final da opereta : os passageiros foram prejudicados, dificilmente receberão alguma indenização pelo sossego e o sono perdidos, pelos atrasos na chegada a seus destinos,pela perda de compromissos marcados para o "dia after".Mas a Tam "foi notificada" pela Anac,talvez com um "não faça mais isso", que deixou tudo como estava e demonstrou mais uma vez que os transportes aéreos são uma coisa séria que nem a Infraero nem a Anac ainda tomaram a sério.

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