sábado, 12 de novembro de 2011

A POLÊMICA DO BRASIL COM A FIFA

Em 2007 o presidente Lula assinou,em nome do Brasil,um compromisso com a Fifa que agora,na fase de acerto dos entendimentos para a realização da Copa de 2014, está sendo objeto de controvérsias. Dois são os pontos nos quais as partes ainda não se entenderam : ingressos com preço reduzido e venda de cerveja nos estádios de forma controlada.O governo queria a meia-entrada para estudantes e para idosos, a Fifa insistiu que isso não estava previsto no compromisso firmado, pois nunca vigorou nas edições anteriores da Copa. A Fifa está agora oferecendo a criação de um ingresso com preço reduzido (US$ 25) para jogos da primeira fase da Copa,com exceção da partida de abertura,até cerca de 12% do total de ingressos vendidos aos brasileiros. Ela não está aceitando a exigência brasileira da meia-entrada,que seria exclusiva para idosos e estudantes do país, mas poderia se estender também aos estrangeiros,se fosse levantada a questão da isonomia: caso seja aprovada, valeria somente para os idosos.Sabe-se que os ingresso da "categoria 1",em setores nobre,chegarão a custar em volta de US$ 300.
Quanto à venda de cerveja nos estádios,que no Brasil é proibida, as dificuldades para um entendimento são ainda maiores:de um lado há leis estaduais que deveriam ser derrubadas, do outro o compromisso da Fifa com uma cervejaria ( a Budweiser )patrocinadora da Copa.
A verdade é que a Fifa é dona da Copa do Mundo e que nenhum país é obrigado a se tornar sede do evento desportivo mundial.Quem se candidata deve ter lido,antes, as condições impostas.Em particular a Fifa conta nas volumosas receitas propiciadas pelos diretos de transmissão dos jogos,com os lucros sobre as exigências imposta para o acesso aos estádios e decorrentes da exposição de marcas de patrocinadores,(com destaque para a Coca-Cola),além das garantias financeiras.E´um grande negócio,que tomou consistência durante a presidência do brasileiro João Havelange : ele garantiria também entradas conspícuas aos chamados "cartolas" que chefiam as federações de futebol associadas.Durante a audiência realizada na terça-feira passada na Câmara dos Deputados,para ouvir a posição da Fifa,exposta por seu secretário-geral Jérome Valcke, o ex-jogador e atual deputado Romário questionou ele e o presidente da CBF,Ricardo Teixeira,sobre as denúncias de corrupção na Fifa.Não obtendo respostas , Romário afirmou "isso é um circo".

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