O Cade,Conselho Administrativo de Defesa Econômica ligado ao Ministério da Justiça, ainda não está convencido de que a compra da Webjet pela Gol seja uma operação que não causará consequência negativas para a competição entre as aéreas nacionais e, em particular, que se aprovado não contribuirá a aumentar os preços das viagens aéreas.Há detalhes que justificam a suspeita : em primeiro lugar o fato que a Gol adquiriu a Webjet não para ampliar seu mapa de rotas, mas sim para juntar seus voos aqueles da congênere,pois em maioria opera para os mesmos destinos.A Gol afirmou que a decisão está relacionada com a disponibilidade de mais slots nos aeroportos, pois a WebJet possui horários comerciais nos maiores deles; o Cade,porém, verificou que numa rota de demanda elevada,com a Guarulhos/Porto Alegre a Gol transportou em 2010 um quarto do tráfego total,enquanto a Webjet ficou com 19,3%:somadas,elas terão cerca de 50% dos embarques potenciais e poderão impôr suas tarifas às outras.Até agora os preços dos voos da Webjet eram inferiores aos das congêneres, mas após a fusão deverão se alinear com os da Gol,prejudicando uma concorrência que beneficiava os passageiros.
Enquanto não conclui sua analise dos vários aspectos dessa integração, o Cade exigiu da Gol que assinasse um acordo que suspende parcialmente o processo, até seu julgamento final.Entre as exigência se destacam : a Gol não poderá demitir funcionários da Webjet de quaisquer níveis; não poderá alterar contratos atuais assinados pela empresa;deverá manter a identidade operacional da congênere.Somente após que o órgão antitruste se convencer que a integração não prejudicará as congêneres e os usuários dos serviços aéreos,o atual Acordo de Preservação da Reversibilidade a Operação será desfeito.
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