sábado, 13 de agosto de 2011

TURISMO PARTICULAR NO AMAPÁ A CUSTA DO MINISTÉRIO

Nunca este blog publicou elogios dedicados às atividades do Ministério do Turismo. Houve algumas aparentes exceções,na administração anterior à vinda do governo Lula, mas depois se descobriu que eram demonstrações de eficiências fictícias, construídas em salas do Ministério, visando demonstrar o crescimento de um fluxo turístico que,a cada fim de ano, acrescentava algumas porcentagens de aumento inventadas.Em 2002 o crescimento artificial do turismo para o Brasil parou em volta de 5 milhões de pessoas, segundo dados como sempre aproximados da Infraero,ainda hoje incapaz de distinguir quantos estrangeiros e quantos residentes no país desembarcam em aeroportos internacionais de um avião procedente do exterior.
O balanço de 2010, depois de 8 anos, ainda registra números de visitantes de pouco superiores aos que haviam sido alcançados em 2001.E para 2020 o novo presidente da Embratur teve a coragem de anunciar,em artigo de imprensa assinado, que vai dobrar esse recorde negativo, chegando em volta de 10 milhões de turistas.
As notícias de crônica publicadas semana passada explicam melhor as atividades do Ministério do Turismo,cujo novo presidente idoso e sem o menor preparo para a função, tem deixado ao secretário-executivo,Frederico Costa, o encargo de continuar impulsionando o turismo. Isso aconteceu,com plena eficiência, até a "Operação Voucher" da Polícia Federal , que prendeu ele e mais 35 pessoas ligadas a promoções como a chamada "Governança do Turismo no Amapá",organizada pela Ong Ibrasi. O bando teria conseguido desviar em três convênios cerca de 10 milhões de reais do total de R$ 17 milhões pagos pelo Ministério, seguindo as orientações  do dinâmico secretários-executivo.Os responsáveis deviam apenas emitir uma "nota técnica", atestando que os "serviços" haviam sido executados pela Ibrasi, para que o dinheiro correspondente fosse liberado."Elementar", como dizia um famoso investigador, pelo menos até quando da PF gravou telefonemas comprometedores e prendeu 36 envolvidos, liberando em seguida 16 deles. Entre os mais ilustres detidos permaneceram o secretários-executivo,Frederico Costa,o ex-presidente da Embratur,Mário Moyses e o secretário de Programas de Desenvolvimento do Turismo,Colbert Martins.Suas especialidades : o turismo particular às custas do Ministério.  

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