sábado, 13 de agosto de 2011

CRESCEM GASTOS DE TURISTAS NACIONAIS EM EMPRESAS ESTRANGEIRAS

Enquanto a Tam parece concentrar seus projetos de crescimento em rotas para o exterior para depois da fusão com a Lan,que ainda vai demorar, e a Gol não vai além dos países da América Latina, depois de ter perdido milhões na tentativa de manter em operação as rotas europeias que eram da Varig, as empresas estrangeiras tem concentrado nos voos para diversas cidades do Brasil seus planos de expansão dos último biênio.A Tam apenas aumenta algumas frequências em rotas existentes, mas perde a competição com as congêneres estrangeiras que embarcam um número crescente de viajantes diretamente nas principais capitais de estados do país.
Os balanços do Banco Central demonstram a ascensão das receitas assim obtidas com a venda de passagens aos turistas nacionais.Enquanto de 2003 a 2010 as empresas estrangeiras elevaram suas vendas de US$ 613 milhões para US$ 2,9 bilhões, o valor das passagens adquiridas por viajantes do exterior em aeronaves brasileiras ficou praticamente estanhado em torno de US$ 300 milhões.As estatísticas indicam que em 2003 Varig e Tam possuíam 43% do fluxo de passageiros entre Brasil e Europa e que em 2010 a Tam, que ficou sozinha, estava com apenas 23% desse tráfego.
Segundo a  IATA entre os fatores que impedem uma concorrência mais ampla estariam 1) o custo do combustível, cujo preço a Petrobrás eleva artificialmente, fazendo com que ele represente 35% das despesas operacionais, contra 23% na maioria dos outros países,e 2) o ônus financeiro representado pelo estoques de peças de reposição que no exterior é de cerca de 4% do valor das aeronaves, enquanto no Brasil sobe para 20%.
Vale observar, ainda, que em seus 598 voos semanais para o exterior a Tam não tem conseguido otimizar o  aproveitamento médio dos assentos, fato devido à concentração de seus embarques diretos no Rio e em São Paulo.Há um importante desvio de tráfego causado pela facilidade de voar de uma dezena de cidades brasileiras diretamente para o exterior a bordo de aeronaves estrangeiras, cuja vantagem a empresa brasileira consegue reduzir apenas parcialmente oferecendo conexões "imediatas" com voos domésticos.

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