quinta-feira, 11 de agosto de 2011

MAIS ACUSAÇÕES CONTRA COMANDANTE DO AF447

Segundo o jornal francês "Le Figaro", o A330 da Air France que caiu no Atlântico poderia ser salvo se o comandante da aeronave tivesse assumido as responsabilidades que lhes cabiam.Basicamente, a tripulação - de acordo com o relatório confidencial do BEA, que investigou o desastre e coletou as caixas-pretas no fundo do mar para ouvir as registrações dos minutos finais do Airbus - o comandante , quando ainda faltavam 20 minutos para a tragedia, anunciou que a aeronave enfrentaria uma turbulência, fato que não o preocupava, tanto é verdade que ele iria se deitar.E na sua ausência os pilotos novato não adotaram procedimentos adequados nos últimos minutos do voo, quando o avião estava perdendo sustentação e velocidade.
O jornal afirma ter tido acesso ao relatório confidencial, que registra a tardia modificação de apenas 12 graus na trajetória do voo, por decisão do comandante, que antes não havia dado importância ao fato que os chamados cumulus nimbus, nuvens que formam áreas de gelo, poderiam provocar o congelamento das sondas de velocidade Pitot, como de fato ocorreu,sendo uma das causas  do acidente que custou a vida de 228 pessoas.
Essa versão complementa as informações anteriores dadas pelo diretor do BEA,Jean-Pulo Troadec, ao afirmar que os pilotos podiam ter salvado a situação, apesar do avião ter perdido as dados de velocidade, se tivessem executado as manobras corretas.
Os dados das caixas-pretas dificultam a defesa da tripulação do AF 447,como a Air France tem feito, pois a evidência de ter sido realizada uma manobra que fez o avião perder totalmente velocidade e sustentação está registrada.Da mesma maneira parece inconsistente a tentativa de querer demonstrar que foi o mau funcionamento do sistema eletrônico do A330 que causou a caída do avião, pois ele não foi devidamente acionado.

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