Cesare Battisti, o ex-terrorista italiano cuja recusa de extradição tem causado um dos mais sérios contrastes entre Itália e Brasil, foi entrevistado na semana passada pela revista"Isto é".Ele surpreendeu afirmando que não tem medo de nada, nem de estar arrependido, pois não poderia se arrepender por algo que não fez.Segundo a sua declaração, os responsáveis dos homicídios que lhe são imputados já "foram presos e torturados" na Itália.E acrescenta que na época na qual esses homicídios foram cometidos ele nem pertencia mais à organização Pac (Proletari Armati per il Comunismo),responsável por numerosas ações terroristas.
Quanto á sua nova vida como cidadão brasileiro,Battisti ao mesmo tempo em que agradece as autoridades brasileira, admite que está atravessando um período difícil, vivendo com os donativos de seu "grupo de apoio" em vários países,que recebe através da Ong francesa "Leitura Furiosa",ligada à União Europeia.
Ele gostaria agradecer pessoalmente ao ex ministro da Justiça,Tarso Genro, que autorizou sua entrada no Brasil como refugiado e ao ex-presidente Lula, que não permitiu a sua extradição.
Respondendo à pergunta sobre o boicote da nacional italiana á Copa do Mundo de Futebol ,que vários setores italianos estão apoiando como protesta pela sua libertação, Battisti declarou estar convencido de que o assunto pouco interessa à maioria dos italianos, pois a campanha seria manipulada por grupos de estrema direita.
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