Deu no Wall Street Jornal,publicação supostamente pouco sensível aos problemas dos investidores. O jornal relatou que no "Corriere della Sera",diário de grande prestígio do norte da Itália apareceu um anúncio de página inteira pago por um empresário que exortava os leitores a participarem da luta para salvar o país da falência, adquirindo títulos do Tesouro Italiano que especuladores estão comprando com juros acima de 7%.O anuncio diz "Vamos comprar de volta a nossa dívida" e exalta as qualidades morais de seus compatriotas que define "um só povo,um grande povo".
O anúncio provocou uma reação surpreendente. Acostumados a participarem até 1980 de campanhas para a redução da dívida pública do país, muitos italianos decidiram enfrentar novamente o risco de nunca recuperarem seus investimentos,adquirindo papeis que prometem juros de até 7,56% para títulos de 10 anos.Milhares de e-mail e de compras,por valores médios acima de 15 mil euros,envolveram todas as categorias sociais,incluindo os aposentados e os jogadores de futebol.Assim as dívidas ficavam "em casa". Até os bancos,vilões das piores crises financeiras, se emocionaram diante do apelo, abrindo mão durante um dia (que será repetido em 12 de dezembro) de suas comissões sobre a venda no mercado secundário dos "Buoni del Tesoro Poliennale",os BTP,emitidos atualmente pelo tesouro italiano.A reação popular lembrou outros sacrifícios assumido com firmeza pelos italianos, entre eles a emocionante cerimonia da doação em praça pública de anéis de ouro e joias para ajudar o país a enfrentar os custos do último conflito mundial do qual participou a Itália fascista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário