CONTINUA IMPROVÁVEL A ISENÇÃO DE VISTO PARA OS EUA

O crescimento do número de embarques e dos valores gastos nos EUA pelos brasileiros,voltou a interessar as autoridades consulares dos dois países.Desta vez,todavia, mais às americanas que às brasileiras.De fato, com a crise em evolução, o turismo representa uma das receitas crescentes para vários setores econômicos dos Estados Unidos, enquanto da outra parte as vindas para o Brasil não tem importância similar.Segundo dados do Departamento de Comércio americano em 2010 cerca de 1,2 milhão de brasileiros foram para os Estados Unidos,onde gastaram em média US$ 4.236,por um total de US$ 5,9 bilhões.Nas visitas aos EUA 91% dos brasileiros se dedicam às compras,34% visitam museus e cerca de 50% participam de excursões em parques temáticos e locais históricos.
O fato que cidadãos de 36 países não precisam de visto e que o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking dos visitantes aos EUA e o terceiro lugar em gastos (após os britânicos e os japoneses) poderia justificar a isenção,não fosse o fato que o índice de recusa de vistos nos consulados americanos está em 5%, quando a política Visit USA permite no máximo 3%.À parte as pressões de parlamentares americanos ou brasileiros, existem bastantes restrições válidas para manter tudo no stand-by.Por isso os americanos estão se estruturando para acelerar o processo de concessão de vistos para brasileiros, inclusive criando una "taxa de prioridade",dobrando o número de funcionários e eventualmente realizando determinadas entrevistas por videoconferência.A dispensa significaria a perda de bastante taxas consulares, considerando que em 2011 o número de vistos concedidos a brasileiros já alcançou 820 mil.De outro lado, o isenção concedida aos americanos causaria o fechamento dos consulados brasileiros nos EUA de menor importância, tendo uma influência mínima no fluxo de turistas, pois os americanos tem isenção para praticamente viajar pelo mundo inteiro e não é o processo consular que limita suas vindas ao Brasil.Sem o controle do visto seria inevitável o aumento o número de turistas brasileiros rejeitados pelas autoridades americanas, repetindo nos Estados Unidos os problemas que já se verificaram nos desembarques na Espanha.
Vale lembrar que a reabertura das conversas sobre vistos foi uma das consequências da vinda ao Brasil de várias missões comerciais de estados americanos,mas é improvável que as autoridades brasileiras alterem,por enquanto, a política atual.