domingo, 13 de fevereiro de 2011

UM SEGURO DE 300 BILHÕES

O governo Lula quis proteger o real de duas ameaças: uma maior valorização e o perigo de o país ser envolvido nas crises bancárias. Por isso, desde 2004 começou a acumular bilhões de dólares, encerrando 2010 com nada menos de US$ 300 bilhões.Com essa fortuna ocupa o sexto lugar entre os países do mundo com mais reservas, se aproximando de Taiwan, a Arábia Saudita e a Russia, mas ainda longe das fortunas guardadas pelo Japão (US$ 1.092 bilhões) e pela China, a primeira da lista com US$ 2.847 bilhões.
As reservas brasileira são em maioria (84,5%) aplicadas no exterior, a um gasto anual que chegaria a cerca de 10% de seu valor (US$ 30 bilhões) ,causado pela diferença entre os juros médios (15%) dos títulos públicos que o Banco Central utiliza para a compra e a taxa (cerca de 5%)  que recebe das entidades estrangeiras que ficam com os dólares.Sem contar a desvalorização frente ao real, que foi freada, mas continua roendo o valor da moeda americana.Atualmente o custo dessa espécie de auto-seguro é considerado muito elevado pelos analistas, que justificavam a medida quando servia quase como garantia aos investimentos externos, que há alguns anos temiam os riscos de um país que ainda não havia consolidado a sua  imagem internacional.

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