domingo, 6 de fevereiro de 2011

EMPRESAS AÉREAS TEMEM AUMENTO DO PREÇO DO PETRÓLEO

É notório que o preço do petróleo é o principal item do custo operacional das aeronaves.Ele representa valores em geral acima de 30% desse custo e é portanto fundamental para para o cálculo das tarifas médias, com as quais as empresas pretendem cobrir as despesas relacionadas com a operação de suas aeronaves.Temendo suas variações para cima, muitas aéreas recorrem a operações de hedge, que lhes garantem a manutenção do mesmo preço do combustível pelo período previsto no contrato com seus fornecedores.Vale lembrar que houve casos nos quais o preço do querosene fixado no hedge ficou com um preço superior ao de mercado, causando elevados prejuízos às empresas contratantes, pois os aumentos do barril de petróleo se estabilizaram num índice abaixo do máximo que elas haviam pago adiantadamente. Nestes dias a indústria admite uma nova escalation do querosene de aviação, lembrando o pique que num passado recente elevou até US$ 150 o preço do barril de petróleo.Para tanto há duas razões muito sérias : a primeira está relacionada com a entrada em operação de novas aeronaves, aumentando as frotas e os respectivos consumos de querosene.A IATA insistiu bastante na recomendação de evitar uma maior oferta de assentos, pois a indústria estava se recuperando devido ao aumento dos índices de aproveitamento, que cairiam com a disponibilidade de mais espaço não aproveitado nas aeronaves.A segunda razão é de natureza política, após os acontecimentos registrados na Tunísia e no Egito, e com a previsão de novas reações populares em outros países, governados por tiranos africanos ou árabes.O preço final do petróleo é sensível  às conjunturas econômicas e sociais ,sendo que nas épocas de tensões internacionais os países produtores costumam reduzir o volume do combustível que comercializam, encarecendo o fluxo regular dos fornecimentos para os centros de distribuição mundiais.E mais uma vez o peso maior desses aumentos recairia sobre a Europa, cujo fornecimento de petróleo depende do fluxo das regiões produtoras do Oriente Médio e da vinda de quantidade crescentes através dos oleodutos da Russia.
Considerando que o petróleo alimenta também milhões de veículos, é previsível que o aumento de seu preço se refletirá no custo da vida, pelo peso que terá sobre o custo dos transportes privados e públicos, com destaque pela aviação comercial.
        

Um comentário:

  1. Não falta petróleo.Novas descobertas no Brasil e no mundo garantem longas décadas de abastecimento para todos.Mas haverá sempre quem especula e cuida, apenas, dos próprios interesses.

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