quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

HORA DE MUDANÇAS SÉRIAS NO TURISMO E NA AVIAÇÃO DO PAÍS

Durante os 8 anos da Admnistração Lula, turismo e aviação tiveram destaques diferentes.Foi dada muita ênfase a investimentos e ações promocionais   que visavam o crescimento do fluxo de turistas estrangeiros no país.Em 2002 o novo governo ficou com uma herança mediocre: oficialmente cerca de 5,5 milhões de estrangeiros visitavam o Brasil, mas na verdade esse número crescia de maneira artificial de ano para ano, tendo chegado indevidamente aquela altura com os acréscimos calculados nos gabinetes da Embratur, sem correspondência na realidade.
Mas em 2010 a estatística continuava a mesma : talvez  os 5,5 milhões foram calculados com mais seriedade, mas ainda apresentando números insignificantes para um país de tamanho e com a atrações do Brasil.A política de incremento do fluxo turístico para ao Brasil foi portanto um insucesso total.
Pelo contrario, sem o menor esforço governamental para promover o turismo para o exterior, o número de viajantes para os Estados Unidos e para a Europa cresceu e, devido ao completo desconhecimento da finalidade econômica de atrair visitantes, os milhões de embarques para exterior foram considerados resultados brilhantes.Assim o país chegou ao absurdo de registrar oficialmente, através do Banco do Brasil, que em 2010 os turistas estrangeiros deixaram no país cerca de US$ 5 bilhões, enquanto em suas viagens para outros países os nacionais gastaram a vontade o dobro:US$ 10 bilhões.Somente com os cartões de crédito, entre outubro e dezembro foram mais de US$ 1 bilhão por mês.E´ claro que há algo que precisa ser corrigido com urgência, pois o turismo não pode fazer concorrência às exportações, que lutam para vender no exterior os produtos que o câmbio "irreal" do real encarece, enquanto as mercadorias estrangeiras chegam a preços baixos e em número sempre maior,também nas malas dos turistas. Fala-se agora de um aumento do valor do IOF, imposto que onerará mais os pagamentos  feitos no exterior com os cartões de crédito.Ainda mais urgente e aumento do valor profissional dos novos dirigentes do turismo nacional.
Quanto a aviação, parece que o governo passado a considerava um "artigo de luxo" e pouco fez para que, depois do desaparecimento das última "grande", a Varig, a indústria assumisse no país a posição de prestígio que ela tem alcançado na maioria dos outros países.As duas maiores são maus exemplos de eficiência. Ainda bem que, sob as asas protetoras do ministro Jobim, surgiu uma "menor" que aos poucos se está impondo
na preferência dos usuários, a Azul. Mas no conjunto a aviação comercial do país perdeu todo o seu antigo charme, se parecendo com uma indústria rodoviária. Pois, além dos problemas de atrasos e de cancelamentos, ela ainda deve lutar contra a indisciplina das empresas e contra as precárias estruturas da maioria dos aeroportos.Todo o setor deve ser reestruturado e parece que o novo governo está tomando a sério essa sua obrigação:até que enfim nenhum político foi nomeado para presidir a Infraero, enquanto se anuncia a criação de uma Secretaria Especial que cuidará da aviação.Na Secretaria foi indicado Rossano Maranhão  ex presidente do Banco do Brasil e atual presidente do Banco Safra; na Infraero atuará o atual diretor do Banco Central, Gustavo Val, já a partir da próxima semana. Afinal dois técnicos,que até trabalharam juntos na vice-presidência do Banco do Brasil e que se espera evitarão de tomar a sério as pesquisas da McKinsey e do BNDES, cujas propostas foram influenciadas pelos politiqueiros. Nesse mexe-mexe parece que a aviação nacional perderá uma das poucas pessoas inteligentes e esforçadas que já transitaram por seus escritórios governamentais, Solange Vieira , talvez a ùnica que apesar de ter assumido a presidência da Anac sem ter conhecimentos específicos, demonstrou ao longo de sua atribulada administração qual era o caminho a seguir para salvar o futuro da indústria.Mas parece que vai sair da Anac no fim do mandato, em 3 de março.  

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