domingo, 6 de fevereiro de 2011

ESTÁ NASCENDO A SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL

Nunca como nesta época os problemas decorrentes da estrutura falha e da desorganização da aviação civil  complicaram os serviços aéreos do país.O crescimento do tráfego e a insuficiente capacidade dos aeroportos se acumularam à irresponsabilidade de algumas empresas que, para se garantirem uma maior participação de mercado, passaram a oferecer mais frequëncias daquelas que o número de seus tripulantes poderia operar.Somente obrigando seus pilotos e comissários a voarem horas extras além das permitidas , duas das maiores companhias do país conseguiram cumprir por bastante tempo o programa de voos e os horários comercializados.
A irregularidade funcionou até quando os tripulantes exigiram a atualização de seus salários e foram necessárias semanas de discussões com as empresas para que fossem elevados de 3 pontos acima do índice oficial de aumento do custo da vida. Durante três semanas, diante da intransigência do Snea, pilotos e comandantes decidiram se recusar de voar mais horas das permitidas pelos regulamentos, causando atrasos e cancelamentos de voos como nunca haviam acontecido na aviação comercial do país.E a esse problema se acrescentou a notória insuficiência dos serviços de aeroportos,causando situações de extrema tensão para os passageiros que queriam viajar nos períodos de Natal e ano novo.
Ficou obvio que a falta de controles e os serviços precários da Infraero haviam favorecidos a difícil conjuntura, enquanto carecia à Anac a força legal para impor às aéreas o cumprimento de suas obrigações
com os usuários.A necessidade de reestruturar o inteiro setor dependia não mais da boa vontade do ministro da Defesa, mas sim da existência de uma entidade de nível mais elevado, com plenos poderes e capacidade para impor uma política firme a favor da indústria e de seus usuários.E enquanto eram trocados quase todos os diretores da empresa estatal, começou a procura do titular da nova Secretaria de Aviação Civil, órgão com status de ministérios ao qual Infraero e Anac estarão subordinados.  Rossano Maranhão, presidente do Banco Safra e ex-presidente do Banco do Brasil, é o nome que com mais insistência é citado no Planalto para ocupar a presidência dessa Secretaria, com funções e poderes equivalentes aqueles de ministro.O convite atual é bem mais importante daquele de presidente da Infraero, que lhe havia sido oferecido e foi recusado em 2007, sendo a nova Secretaria da Aviação Civil um organismo independente, desvinculado do ministério da Defesa e da Aeronáutica. Por isso estão sendo aguardados para breve dois anúncios da  presidente Dilma, um nomeando  Maranhão no cargo mais elevado da Aviação Civil e outro com o nome do novo titular da Infraero. Existem dúvidas sobre a permanência da atual presidente da Anac , que teria seus poderes algo reduzidos, mas em compensação contaria com o apoio de uma nova estrutura que lhe garantiria de atuar com um suporte maior, sem a expor às pressões e às criticas que sofre atualmente.

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