O texto de hoje do site Aeroconsult é dedicado à nova situação em que se encontra o programa de reestruturação do plano governamental que visa dotar os principais aeroportos do país de capacidade adequada ao movimento de passageiros previsto a partir de 2014, quando será realizada no Brasil a Copa do Mundo de Futebol. Reportamos que a pesquisa realizada pelo Ipea e pelo Sindicato das empresas aéreas,Snea, tem causado grande preocupação por ter evidenciado que o atraso na execução das obras parece indicar que a maioria dos aeroportos não estará nas datas prevista pelo programa nas condições de capacidade desejadas.Mas há mais um motivo de preocupação pois segundo cálculos mais apurados, também se as obras fossem totalmente executadas, haveria uma falta de capacidade oferecida enorme : uma diferença de cerca de 70 milhões de passageiros para serem atendidos.De fato nas previsões do Snea a previsão inicial de que se repetiria em 2014 o movimento anual de 155 milhões de passageiros registrado em 2010 subiu para mais de 225 milhões.E as obras programadas visam possibilitar que no ano da Copa os aeroportos nacionais possam atender sem transtornos um número de passageiros próximo do potencial total do ano passado,que foram muito mal atendidos, inclusive pelos atrasos e cancelamentos seguidos.
Agora são aguardados entre os meses de maio e julho, os editais que em sequência estarão oferecendo concessões nos aeroportos de Guarulhos,Brasília,Campinas,Confins e Galeão, abertos à participação da iniciativa privada, restrita porém às obras de ampliação dos terminais, sem previsão de que haja a sucessiva exploração deles, que pertence à Infraero, que terá um investimento governamental de R$ 3,987 bilhões.Na prática, investindo em novos terminais de embarque,novas pistas, reforma internas e externas (para adequar o sistema viário) os interessados terão o direito de explorar comercialmente, em contrapartida , as lojas dos aeroportos, recebendo os respectivos alugueis.
Faltando mais detalhes sobre os contratos, haveria ainda algumas dúvidas sobre se as condições propostas pelo governo poderão interessar a iniciativa privada, que obviamente deverá calcular se os 25 anos de concessão lhes proporcionarão os lucros esperados.Isso parece possível nos primeiros cinco aeroportos já designados, mas poderá ser algo diferente quando se tratar de aeroportos menores.
Entretanto, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, alguns aeroportos poderão ter também terminais exclusivos de uma companhia aérea, se já possuírem outro centro de embarque e desembarque a disposição das demais empresas.As regras desse projeto ainda não foram definidas, mas é evidente que a sua realização dependerá, também, da disponibilidade de espaço para esse terminal exclusivo e da concordância de parte das aéreas interessadas em permitir que sua eventual capacidade ociosa seja repassada a empresas concorrentes.Entre as companhias que demonstraram interesse em analisar os futuros detalhes de concessão desses terminais exclusivos estão a Azul, a Tam e, em escala menor, a Gol.
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