As buscas realizadas no Atlantico por técnicos de vários países, a serviço da Air France e da Airbus, a procura de restos do A330 que desapareceu quando voava do Rio de Janeiro para Paris, tem conseguido descobrir a maioria das peças componentes a estrutura da aeronave, que se encontra a profundidades entre 3.000 e 4000 metros e que serão trazidas à superfície por um navio especial ,numa série de operações que deverá ter início brevemente. Por enquanto está faltando a descoberta da peça mais procurada, que são as caixas-pretas que deveriam ter registrado as ocorrência técnicas e os comentários dos pilotos nos minutos antecedentes a caída do avião.Somente esses registros poderão esclarecer o mistério do desaparecimento do A330,que ocorreu sem aviso prévio.
Junto com as peças, foram também descobertos corpos de pessoas que se encontravam a bordo, em aparente estado de conservação.Quando a descoberta foi comunicada aos familiares, houve enorme emoção e reações diferentes : uns se animaram com a possibilidade de rever e dar sepultura digna a um ente querido, outros acharam que rever um familiar depois de tanto tempo poderá ser uma emoção grande demais, inclusive pelo fato que são desconhecidas as condições de conservação dos corpos e de uma fácil identificação.Parece que a maioria seria a favor da possibilidade de realizar um funeral coletivo.
Sendo que oficialmente o governo francês teria decidido retirar os corpos do Oceano, a grande dúvida consiste agora em saber qual seja seus estados de conservação. Segundo especialistas, a grande profundidade e a baixa temperatura podem ter preservado os corpos, cujo tecido adiposo , na falta de oxigênio, poderia ter criado uma camada de proteção capaz de retardar por bastante tempo a decomposição.Mas não é fácil prever o que acontecerá no momento em que eles serão trazidos à superfície e estarão em contato, por breve que seja, com a temperatura e com o ar.
A tragédia do voo da Air France parece nunca ter fim, prolongando as tensões dos familiares das vitimas e não resolvendo a grande dúvida sobre a principal causa técnica do desastre. A terrível experiência tem tido todavia alguns efeitos positivos a favor de uma maior segurança de voo, tendo permitido identificar a seriedade do problema causado pelo mau funcionamento do chamado "pitot", (que deveria informar o piloto sobre a velocidade de cruzado da aeronave), exigindo a sua substituição e a adoção de medidas complementares relacionadas com o funcionamento dos computadores de bordo, que aparentemente quando explodiu a emergência não teriam executados corretamente suas funções específicas .
Talvez, após o resgate das partes da aeronaves serão descobertas, ainda presas na fuselagem, as caixas-pretas tão procuradas : quanto às famílias, está previsto que antes do fim de abril receberão de Paris todas as informações tão ansiosamente aguardadas.
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