domingo, 24 de abril de 2011

VIAGENS AÉREAS MAIS CARAS NÃO AFASTAM PASSAGEIROS

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,IBGE,informam que a média de aumentos dos preços das passagens aéreas que cobrem rotas das principais capitais do país chegou a 50% nos últimos 12 
meses.Em particular, as saídas de Belo Horizonte ficaram até  65% mais caras; as de São  Paulo aumentaram 56,26%, de Curitiba 56,17% e do Rio 48,16%. Mas as empresas facilitam a compra, parcelando as tarifas e muitos novos usuários não resistem à tentação : em particular os que supostamente pertenciam à chamada classe C, que englobava quase 100 milhões de pessoas e que atualmente - segundo analistas que não revelam como fizeram seus cálculos - teria evoluído em parte para a classe B. Faltam dados certos para uma avaliação precisa de quantos milhões foram beneficiados pelo upgrading, mas não haveria duvida de que se trata  de números próximos de 15% .E os que decidiram gozar o prazer de uma viagem aérea doméstica o fizeram aproveitando as facilidades de parcelamento do valor do bilhete, que vão das 10 mensalidades da Azul às 36 da Gol e da Webjet, até as 48 da Tam.
No segmento internacional, devido à grande concorrência e à progressiva redução da taxa de câmbio do dólar, as tarifas em reais ficaram até mais baratas, apesar de leves aumentos no preço cobrado em moedas estrangeiras.Oficialmente esses reajustes decorrem da alta do preço do querosene de aviação, que a Petrobrás elevou de 28% no primeiro quadrimestre deste ano. 
O lado preocupante do aumento do número de viajantes está no fato que a estrutura da maioria dos aeroportos nacionais não consegue crescer acompanhando a demanda: as previsões são de que somente  o Galeão e Santos Dumont estarão dispondo ainda por alguns anos de uma capacidade adequada às exigências do tráfego que embarca no Rio de Janeiro.Os em situação mais precária, com  deficits de capacidade que poderão chegar a 45% são os aeroportos de Vitória (cuja demanda cresce junto com as descobertas de petróleo do chamado pré-sal ) e de Guarulhos, em São Paulo.

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