sábado, 9 de abril de 2011

UM NOME NOVO PARA A CHEFIA DA AVIAÇÃO CIVIL DO PAÍS

Após ter aguardado durante várias semanas que Rossano Maranhão se desvinculasse da presidência do Banco do Brasil, para assumir a Secretaria Nacional de Aviação Civil à qual o havia convidado, o governo entendeu as razões que impediam ao executivo preferido pela presidenta Dilma de deixar uma posição tão importante como aquela que estava ocupando desde 2005, para se dedicar a um trabalho novo, num setor para ele praticamente desconhecido.
No seu lugar foi agora indicado Wagner Bittencourt de Oliveira, funcionário de carreira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, onde entrou em 1975 e onde deve ter demonstrado grandes qualidades de executivo, para ser agora indicado por Luciano Coutinho, presidente do mesmo BNDES, para este importante novo cargo.
Sua missão é obvia, para quem conhece falhas e problemas da aviação civil nacional. Ele terá a incumbência de reestruturar um setor do qual depende a futura imagem do país, na espera de ser submetido a provas de eficiência por ocasião da Copa do Mundo e da Olimpíada. Em colaboração com o novo presidente da Anac e com Gustavo Matos do Vale, que já assumiu a Infraero, deverá definir a política de relação com as empresas aéreas, exigindo delas eficiência operacional, para que sejam eliminados os problemas que tem prejudicado seus serviços e o relacionamento com os usuários.
Com a criação da Secretaria de Aviação Civil deixa essa chefia o ministro Jobim, que volta a se ocupar apenas do Ministério da Defesa cuidando dos setores aeroespacial e da aeronáutica militar.
Em relação às novas nomeações para a Aviação Civil, deve ser observado que a falta de elementos de categoria com experiência nessa atividade, faz com que mais uma vez sejam chamados para cargos de chefias executivos com conhecimentos práticos modestos ou nulos dessa atividades.Na Anac ainda não foi confirmada a indicação de um ex-diretor que integrava a equipe da presidente que deixou a posição na metade de março; na Infraero há Gustavo Matos do Vale, que vêm de um alto cargo em banco e para a chefia da nova Secretaria, foi designado um executivo recomendado pelo seu presidente no BNDES, Luciano Coutinho, que teve oportunidade de aprecia-lo durante as décadas que este engenheiro metalúrgico com especialização em finanças e em mercados de capitais passou com ele na mesma instituição bancária governamental.
Parece que a orientação atual na escolha de executivos para chefiar setores em crise seja a de procurar nos maiores bancos pessoas consideradas eficientes, deixando de lado suas experiências específicas: com isso foi alterada uma exigência anterior, que quase impediu há dois anos a nomeação da ex-presidente da Anac.

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