domingo, 3 de abril de 2011

BRASIL ASSINA DE UMA VEZ DOIS ACORDOS DE OPEN SKIES

Até o final do primeiro semestre o Brasil terá dois importantes acordos de open skies assinados. Aquele com os Estados Unidos, que já está em vigor, depois da firma realizada em Brasília por representantes dos dois governos, e aquele com a União Européia,cuja assinatura foi agendada para o mês de junho.
Tecnicamente falando, as relações aéreas entre os dois blocos chegarão ao estágio de céus abertos em forma progressiva, com a eliminação gradual das atuais restrições referentes ao número e aos destinos de  voos operados por cada uma das partes.E´ lógico que essa liberalidade não significa que as empresas vão escolher rotas de potencial duvidoso, tendo ficado claro que basicamente a abertura abrangerá novas capitais de Estados no caso do Brasil e grandes cidades americanas até agora ignoradas, talvez pelo fato de não possuírem sua empresa aérea, condição supostamente essencial para possibilitar a exigência de reciprocidade que agora desaparece.Na realidade haverá uma abertura irrestrita dos céus ao tráfego aéreo internacional.
O texto dos dois acordos, bastante parecidos na substancia, diferem em relação aos prazos previstos para sua implementação total : são quatro etapas no acordo com a União Européia, que serão completadas em 36 meses. No acordo com os Estados Unidos,há mais uma etapa, sendo alcançado o estágio de open skies num prazo de 55 meses, em outubro de 2015. O acordo com os EUA concede já para este ano mais 14 freqüências com origem e destino no Rio e outras 14 para cidades brasileiras de interesse dos americanos,  menos São Paulo, cidades que está excluída também do acordo com a UE, que para 2011 prevê 20% de aumento no número de freqüências entre os dois países.
Da assinatura e implementação dos dois acordos se espera um razoável aumento do tráfego, em particular entre o Brasil e os continentes europeu e norte-americano, considerando que após a parcial liberalização concedida em 2007, quando os  acordos foram emendados, o movimento internacional de/para o país registrou um crescimento médio anual de 8,1%. Essas previsões presumem que a conjuntura econômica mundial não seja afetada por problemas como aqueles que prejudicaram o tráfego em 2008, ou que se verifiquem aumentos acentuados no preço do combustível ,para ser repassados às tarifas. É notória a dependência direta da indústria aérea das condições dos mercados, assim como está ficando evidente a tendência à formação de mega-empresas. Segundo os analistas,apesar dos acordos, não deveria ser ignorada e possibilidade de ocorrerem variáveis imprevisíveis ,decorrentes desses dois fatores, que alterariam no curto prazo a atual estimativa de expansão e de crescimento numérico do tráfego aéreo.  

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