AEROVIÁRIOS ASSINAM ACORDO, MAS SINDICATO RECORRE À OIT

Depois de dias de tensão e de ameaças de greve e após que os funcionários da TAM demonstraram que a empresa não estava em condição de operar todos os vôos de seu timetable, pois não tinha pilotos e comissários em número suficiente para tanto, nas últimas reuniões entre o Sindicato Nacional dos Aeroviários  e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias foram encontrados  índices de aumento dos salários e dos pisos salariais aceitos pelas partes, apesar de algo diferentes daqueles em discussão desde dezembro passado.
Na quinta-feira , dia 20, aeronautas e aeroviários se haviam reunidos para decidir sobre as últimas propostas das empresas, que não eram as desejadas mas, pelo que se viu, representavam os índices mais elevados que, supostamente, as aéreas aceitavam.Depois dos intervalos natalino e de fim de ano, que revelaram a importância de uma revisão das estruturas operacionais da Gol ,da Tam e da Trip , pois seus mapas de horários causaram índices de atrasos e de cancelamentos nunca vistos na indústria doméstica, houve entendimento em relação à propostas de aumento de 8,75% nos salários e de 10% nos pisos, após uma derradeira tentativa do SNA para elevar o reajuste para 9%. O acordo foi assinado na sexta-feira.
Mas a grande polêmica que agitou a ameaça de greve e fez as autoridades intervir, impondo limitações ao exercício desse direito trabalhista, será objeto de representação à Organização Internacional do Trabalho de parte do Sindicato.O texto evidenciará que governo e judiciário impediram o movimento de greve, tendo a Justiça Federal, por solicitação do Ministério Público, obrigado os eventuais grevistas a seguirem normas e restrições detalhadas numa liminar, em contraste com a liberdade sindical estabelecida pela Oit 158 .
O Sindicato pretende apresentar o dossiê à Oit, em Genebra, na segunda quinzena de fevereiro.