O ano passado foi bastante positivo para a maioria das empresas aéreas, depois de um 2008 difícil devido à crise mundial e um 2009 que, no segundo semestre, deu os primeiros sinais da reação dos mercados. Somente a Europa evidenciou que os problemas financeiros que alguns países da União ainda estão enfrentando, estavam prejudicando a volta de todas as companhias aos índices de crescimento necessários pára oxigenar suas finanças . No conjunto as previsões para 2011 ainda são otimistas, apesar do temor que o aumento da capacidade oferecida possa reduzir o aproveitamento dos assentos e até afetar os lucros previstos.
Foi nas últimas semanas que tocou esse inesperado sinal de alarme.O preço do combustível de aviação indicou tendência ao aumento, tendo crescido cerca de 10% nos últimos meses, justificado pelos analistas como consequência do crescimento da demanda para alimentar as novas aeronaves que gradualmente entraram em circulação.Pelo temor de perder presença nos mercados mais valiosos, as empresas tem acrescido a oferta de assentos ,elevando o consumo de querosene.
Nestes dias a previsão é de que, no primeiro trimestre de 2011, o seu preço chegue a índices cerca de 20% maiores que aqueles do ano passado. Com essa projeção, já há aéreas recorrendo a operações de hedge para se garantirem um preço que não altere demais os custos. Apesar do recurso ter sido bastante arriscado em 2008, pois os aumentos previstos não ocorreram e as empresas acabaram pagando o combustível a um preço superior ao vigente no mercado livre.
O aumento dos preços do querosene de aviação recorre pontualmente quando a indústria começa a crescer e surgem indícios de que poderá ter lucros melhores dos costumeiros, deixando de perder milhões.Se assim for em 2011, mais uma vez as previsões da IATA deverão ser corrigidas para menos.
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