Dez ano após o atentado que destruiu as torres gêmeas de Nova York, a FAA americana e a CIA ainda estão procurando possíveis recursos utilizáveis por terroristas para destruir instalações, aviões em pleno voo,ou ameaçar a vida dos comuns mortais em quaisquer localidades por eles freqüentadas. Dizem que não é histeria nem obsessão, mas apenas a procura de defesas para proteger todo mundo de eventuais iniciativas criminosas de indivíduos treinados para semear o terror pelo globo.Para tanto, quem pretende viajar, na hora do embarque é submetido nos aeroportos a controles sempre mais rigorosos : praticamente, com os novos scanners, na fase inicial de instalação os passageiros eram desnudados. E se atualmente não são identificados é devido às queixas de quem, por motivos pessoais, se revoltava diante da exigência de exibir a um agente de plantão toda a sua intimidade.
Já a bordo, em voos determinados, há olheiros armados, preparados para reprimir com presteza qualquer movimento suspeito que, supostamente ,poderia ser o início de um atentado a bomba ou com outros meios mortíferos. E nas ruas de Manhattan e, quase com certeza, em outros streets americanos, há sempre quem acompanha o fluxo de pedestres e do tráfego, a procura de manobras ilícitas.
A última novidade em matéria de prevenção foi divulgada há dias.Os Estados Unidos e o Brasil decidiram seguir a recomendação da Agência americana de aviação civil e ,sem aviso prévio, retiraram dos banheiros das aeronaves as mascaras de oxigênio, destinadas a fornecer ar aos passageiros,em caso de despressurização da cabine num voo acima de 10 mil pés, ou cerca de 3 mil metros.No Brasil foi a Anac que se encarregou dos "cortes" em cerca de 400 aeronaves, enquanto nos Estados Unidos a medida atingiu mais de 6 mil unidades.Segundos os técnicos, a ausência da mascara de ar dos banheiros não criará problemas para os passageiros, pois as estatísticas dizem que os casos de despressurização com um viajante ocupando a privada são em média apenas 5 a cada 1 bilhão de horas voadas.E se ocorrer, haverá sempre um comissário que abrirá a porta do lado externo e levará prontamente a pessoa até o seu assento,onde a mascara já estará disponível. Os mesmos técnicos - nesta nossa época eles são uma categoria que tem sempre a última palavra - afirmam que o dispositivo foi removido pelo fato que o alimentador da mascara, ou seja o gerador químico de oxigênio situado no teto, pode atingir até 200 centígrados de calor e ser usado para ativar explosivo numa ação terrorista.
Não se tem notícia de que também as aeronaves de outros países já tenham sido submetidas ao corte, mas pelo jeito, aquelas que voam para os Estados Unidos serão obrigadas a faze-lo, se os americanos exigirem essa medida para permitir que pousem em seu território. Quanto ao Brasil , ainda não ficou claro o motivo real que levou as autoridades aeronáuticas a adotarem em full secrecy essa ação preventiva ,pois parece algo improvável que todas as empresas que operam rotas para o país poderão também ser obrigadas a tirar as mascaras de ar de seus banheiros.E se a decisão foi tomada em previsão da exigência americana para os aviões que aterrissam em seus aeroportos, a remoção da mascara poderia ser limitada aos modelos utilizados pela Tam em seus voos para N.York e para Miami. Mas talvez a resposta seja ainda mais fácil : como acontecia há anos, quando se tratava de operar alguém de apendicite, Anac e FAA chegaram à conclusão que, devido ao insignificante número de casos de despressurização com o banheiro ocupado,valia a pena tirar algo que não vai fazer falta . Em compensação é quase uma alerta aos mal-intencionados : o anti-terror é vigilante até nos banheiros.
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