A Anac admitiu que não dá para reduzir o número de voos nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e no Santos Dumont do Rio de Janeiro.Os dois operam a pleno vapor e quem paga as consequëncias são os moradores das áreas próximas, que entre as 6h e as 23h não tem sossego, devido ao barulho constante dos jatos que sobrevoam suas habitações.O sofrimento em Congonhas vem de longe, pouco anos depois de sua inauguração em 1936,enquanto o do Santos Dumont é mais recentes e poderia ser quase eliminado se houvesse a colaboração das empresas aéreas.
A favor do aeroporto paulista houve até requerimento da Justiça Federal,que apoiou a solicitação de uma hora de atraso no início das operações (das 6h para as 7h da manhã), mas a Agência informou que nessa hora decolam 30 aeronaves com destino para 26 cidades, fato que prejudicaria alguns milhares de usuários,além de ser impossível redistribuir esses voos ao longo do dia, por estar cada hora saturada com a média de 34 operações.O corte de uma hora penalizaria as receitas das empresas em R$ 206 milhões e a Infraero perderia R$ 25 milhões, obrigando as aéreas prejudicadas a aumentaremo preço de suas passagens.A Anac admite que houve erros em permitir que perto de aeroportos de grande movimento surgissem áreas fartamente habitadas, mas se declara na impossibilidade de mudar agora a situação.
Em relação ao Santos Dumont, por estar localizado numa ponta avançada sobre o mar, o aeroporto até cerca de dois anos não tem causado transtôrnos à população, devido ao fato que as aterrissagens ocorriam com as aeronaves atravessando a baía da Guanabara e cruzando a ponte Rio/Niteroi e nas decolagens viravam em frente ao Pão de Açucar.Atualmente, dependendo dos ventos ou da congestão dessas zonas, os aviões realizam os pousos passando sobre os bairros de Laranjeiras,Santa Teresa e Botafogo, perturbando o sossego nessas áreas densamente povoadas.Não foi esclarecido porque até 2009 esse caminho era utilizado muito raramente.
E para os casos de Congonhas e do Santos Dumont há ainda um problema que, se resolvido, reduziria o excesso de barulho : nenhuma aeronave deveria voar abaixo da altitude mínima permitida (3.048 metros), como se verifica com frequëncia nas operações de pouso nos dois aeroportos, em total desrespeito a norma do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, explicita sobre essa exigência.
O que adianta comentar ? As empresas dizem que perderiam milhões de reais. Seu argumento,nos dias de hoje, vale muito mais que as razões dos moradores de habitações metralhadas durante 18 horas por dia pelo barulho dos reatores dos aviões.Quem está incomodado que se mude !
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