Nem todos os recordes registrados em 2010 pela aviação comercial brasileira são de qualidade, ou favoráveis aos interesses dos usuários dos serviços aéreos. Entre os menos apreciados, aconteceu no ano passado que o número de queixas pela perda, temporânea ou definitiva, de bagagens aumentou de 74% em comparação com 2009.Em números exatos foram apresentadas 7.170 reclamações, de acordo com os registros feitos na Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, enquanto nesse mesmo período o fluxo de passageiros cresceu de 21%.
As empresas atribuem ao insuficiente policiamento das bagagens, nas fases anterior ao embarque e por ocasião do desembarque, a ação de funcionários desonestos ou de pessoas que aproveitando o grande movimento nos centros de coletas, escondem ou violam as peças previamente selecionadas.A média registrada em alguns aeroportos é de cerca de 70% de reclamações por extravios e de 30% por violação. Sem contar as malas danificadas, que são em geral parcialmente substituídas pelas empresas, excluindo o seu conteúdo, a não ser que esteja coberto por um seguro que deve ser feito no embarque.Aliás, todo o processo de indenização, no caso de extravio comprovado ( após 30 dias do embarque em voos nacionais e de 21 dias nos internacionais) raras vezes cobre o prejuízo sofrido pelo passageiro, tendo valores máximos pré-fixados.
Além das falhas estruturais de vários aeroportos do país, que impedem o acompanhamento das bagagens e sua triagem automática - com a qual em outros países é assinalada a falta de quaisquer mala despachada na fase de embarque no porão da aeronave ou de seu suposto desembarque no aeroporto de chegada - contribuem para o extravio as etiquetas erradas, que funcionários distraídos aplicam involuntariamente nas malas.
Ainda não foi encontrada uma maneira eficaz para permitir aos passageiros de acompanhar as suas bagagens ao longo da viagem.Está se falando num chip que seria introduzido na bagagem e que seria detectado por um mini-receiver do viajante. Se a mala não se encontra no interior da aeronave, ou seja se não fosse embarcada, a sua presença no aeroporto de partida continuaria sendo assinalada pelo chip, assim com não haveria sinal algum dela depois do esvaziamento dos containers, no aeroporto de chegada.
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