domingo, 20 de fevereiro de 2011

FALANDO DE PREÇOS DE PASSAGENS,INFLAÇÃO E PETRÓLEO

**A Infraero descobriu, com a ajuda da Azul, que o tráfego do aeroporto de Viracopos cresceu 354,5% em apenas dois anos.Antes pouco utilizado, havia servido cerca de 1 milhão de passageiros em 2007 e 2008, antes que a nova aérea o transformasse em centro de distribuição de seu tráfego, obrigando as congêneres a também se servir desse aeroporto, localizado em Campinas e bastante afastado do centro de São Paulo, para enfrentar a concorrência da novata.Assim, no final de 2010 verificou-se que Viracopos havia chegado a cerca de 5 milhões de usuários.E,também, que apesar da tendência geral de aumento das tarifas aéreas, registrada no período em todas as outras rotas, as que passavam por Campinas caíram de preço.Com a Azul cobrando para vários destinos,em média R$ 149, a Tam teve que reduzir nos mesmos trechos suas tarifas de R$ 329 para R$ 155 e a Gol de R$ 299 para R$189. Por exemplo, em voos saindo de Viracopos para Belo Horizonte ou para Curitiba , a Tam cobra agora mais caro que as concorrentes: a saber, R$ 293 e R$ 408 respectivamente, contra R$ 199 e R$ 159 da Azul e da Gol para os mesmos dois destinos.Tão grandes são as diferenças, que surge a convicção de que o custo operacional dos aviões Embraer, quando seus assentos são devidamente utilizados, derruba os dos 737 e dos A320, com mais do dobro de capacidade de transporte, se seus load factors forem abaixo de ,em media,70%.
** Falando de inflação : não da brasileira, ainda tolerável, apesar de evidente em particular nos preços dos gêneros alimentares, mas sim da argentina, que as autoridades de Buenos Aires estão tentando esconder.No Brasil se freia o trend aumentando a taxa de juros, na Argentina simplesmente se alteram dados estatísticos oficiais.Aqui, as estatísticas afirmam que em 2010 a inflação esteve em volta de 5% , dado obtido englobando também itens de pouca importância no dia-dia do brasileiro; lá ,simplesmente cortaram em mais da metade os índices oficiais que o governo da presidenta Kirchner repúdia, imitando o defunto esposo.De fato, segundo analistas, omitindo vários gastos as intervenções governamentais reduziram a inflação de 2008 de 22,% para 7,2%, a de 2009 de 15% para 6,7% e a do ano passado de 26,4% para 11%.E a cada mês a luta contra a inflação real encarece o custo de vida na Argentina, ao ponto de estar sendo propostos pelas entidades sindicais reajustes salariais em volta de 30%. Nada a ver com a diferença de R$ 15 no valor do novo salário mínimo brasileiro, sustentada pelos sindicatos nacionais.
**Petróleo, produção e preços.As revoltas que estão explodindo em vários países da África e do Oriente Médio ameaçam o controle dos preços do petróleo e, consequentemente, da gasolina de aviação. O petróleo, atualmente ainda comercializado em volta de US$ 100 ao barril, tem seu maior fornecedor na Arábia Saudita, cujas reservas mundiais atuam como freio e garantia da manutenção de cotações internacionais aceitáveis pelos grandes usuários.Mas os temores de conflitos tem levado muitos países a aumentar suas reservas e tem provocado contratações afobadas de grandes quantidades do produto, recorrendo ao hedge.As preocupações com a possível subida do preço do petróleo se agravaram depois da divulgação de notas confidenciais emitidas pela embaixada dos EUA em Riad, reveladas pelo site WikiLeaks de Julian Assange (que na proxima quinta-feira, dia 24, receberá da Justiça do Reino Unido a sentença a favor ou contra sua extradição,pedida pela Suécia). Nesses despachos  é questionado o montante das reservas de petróleo cru da Arábia Saudita, que poderiam ter sido superestimadas em cerca de 40%, índice equivalente a 300 bilhões de barris a menos. Se a revelação estiver baseada na realidade, todos os países da Opep - entidade que reune os grandes exportadores de petróleo - deverão aumentar suas extrações de petróleo, para tentar atender uma demanda em crescimento, na qual a participação da Arábia Saudita dificilmente poderá chegar até 12,5 milhões de barris diários.E a eventual escassez teria reflexos imediatos e preocupantes sobre os preços, atingindo em pleno a aviação , que se encontra em fase de expansão e é uma das maiores consumidoras do combustível derivado. Já foram realizados contatos de alto nível para evitar que, ao atingir seu píco de produção ,o preço do petróleo escape do controle da Opep.

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