sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

BATTISTA FICA NO BRASIL

A decisão do Brasil de negar a extradição do ex-terrorista Cesare Battista continua agitando a política italiana. Até o  presidente da República ,Giorgio Napolitano , segundo declarações que lhe são atribuídas pela imprensa, teria afirmado que a decisão do presidente Lula lhe causou "profunda desilusão,amargura e contrariedade" , pois esperava de te-lo convencido da legalidade da extradição que estava sendo solicitada  pela Itália.Numa carta e num encontro pessoal por ocasião do G8, o presidente italiano teria esclarecido todos os pontos da questão ao presidente brasileiro.
A tensão criada pela decisão do presidente Lula de aceitar a sugestão da AGU ,que recomendou não conceder a extradição de Battista, foi agravada pelos comentários feitos pelos ministros do Exterior e da Defesa da Itália, que criticaram a posição brasileira. Como enfatizou em sua nota o ministro brasileiro Celso Amorim - o governo brasileiro também considerou a nota difundida pelo governo italiano "impertinente em particular na referência pessoal a Lula". A respeito da decisão brasileira ,parece que não agradou à Itália também o fato de ter sido delegado ao ministro Amorim o encargo de divulgá-la ,quando era esperado que houvesse uma comunicação oficial ao premier Berlusconi ou diretamente ao presidente da República. Segundo as últimas informações, Battisti permanecerá preso ainda por breve tempo, não lhe será reconhecido o título de refúgiado político , mas poderá ficar no Brasil como simples imigrado. Caberá ao Supremo Tribunal Federal, em fevereiro, ratificar a decisão presidencial.
Quanto às ameaças de "boicote" ao Brasil, que surgiram de várias partes ,se a recusa de extradição não for modificada , nos ambientes políticos e econômicos do país foram recebidas com a maior calma. De fato, foram gastos vários meses em difíceis reuniões comerciais entre os dois países, para estreitar os laços de várias atividades econômicas entre Itália e Brasil. Em junho passado, o próprio Berlusconi viajou para São Paulo com um grupo de 60 destacados executivos da economia e das finanças , que incluía firmas como a Fincantieri, Finmeccanica, Piaggio,Telecom, Ferrovie e na ocasião foram firmados acordos de bastante interesse para a Itália, que com certeza - dizem os analistas -  não serão cancelados por causa do contraste político.

Um comentário:

  1. Mais um erro de máquina, que precisa ser corrigido.O nome do terrorista é Cesare Battisti, e não Battista.Vários leitores o assinalaram, mas já havia sido detectado, por ser muito banal.

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